Lourival de paulo        

Lourival Leal de Paulo nasceu em 1959, anos depois já adulto e dotado com o mínimo de discernimento, tornou-se eternamente grato à força criadora dos universos por ter destinado Salvador para ser sua cidade natal, não por acaso no mesmo ano que o Baêa, time do seu coração sagrou-se o primeiro campeão brasileiro. Aos oito anos foi apresentado ao futebol, ocasião que participou do primeiro baba no Bairro do Bonfim, periferia da cidade de Mata de São João, estado da Bahia. Jogar futebol pela primeira vez foi uma experiência impactante, o fez sentir algo que muitos equivocadamente negam existir: "Amor à primeira vista". Aos 10 anos já tinha conseguido juntamente com alguns amigos da mesma faixa etária - através de rifas e pequenas economias antes destinadas às guloseimas -, a compra de 14 camisas do Baêa, sem shorts e meiões, mas o suficiente para fundação do seu primeiro time de futebol amador, começando assim, sem perceber, arquitetar gradativamente a postura de liderança que tornaria marca da sua história de vida. Sua infância e adolescência foi envolvida e direcionada quase que 100% para o contexto do esporte, sobretudo o futebol, interação passional, apaixonante e inexplicável que continuou e continuará alimentando-o enquanto viver no planeta terra.

       Professor de Educação Física, abraçou a luta pela "EDUCAÇÃO" como ideologia de vida, missão existencial e razão de viver. Contestador do ineficaz "Sistema Educacional" do país que tem como objetivo informar para intelectualizar, quando deveria ter como meta prioritária a introdução de nobres valores como elementos de formação escolar, educando o ser humano para melhor relacionar-se com os semelhantes e o ecossistema. Afirma que enquanto não processar com urgência as mudanças essenciais de paradigmas, o atual sistema educacional nada contribuirá na missão de erradicar o caos social existente. Também define-se como ativista cultural, não tendo como negar a paixão explícita pela cultura nordestina, sobretudo o todo que envolve a missão divina de Gonzagão,   " o rei do baião ".

       Em 2008, finalmente aflorou o gosto de transformar em livros os conceitos arquitetados através da própria janela de vida. O desejo incontrolável de manifestar o que sente a partir da escrita foi determinante para culminar em três obras editadas, cinco prontas esperando na fila e duas em andamento, além de dezenas de artigos com temas diversos. Dotado de perfil eclético, corajoso e direto nas conceituações, preenche o acervo das suas obras com abordagens de temas polêmicos como educação, política, espiritualidade, ficção, cultura,  esporte, racismo, ecossistema, reciclagem, violência, bullying, cidadania, miséria, justiça, sexo, intolerância, internet, imposição cultural e outros.

       Perseguidor incansável da verdade, exatamente por isso também 100% flexível para aceitar fatos incontestáveis para corrigir verdades antes tidas como absolutas. A personalidade contestadora e fidelidade na busca da verdade apresentam-se como elementos determinantes para as variedades de embates conceituais nos campos das ideias, sendo equivocadamente definido por alguns como um inconsequente alimentador de polêmicas, quando a melhor definição seria um "Obcecado pela justiça e verdade".

       O que os projetos estruturais na área de educação, esporte e cultura, além dos artigos, livros e cartilhas, têm em comum, são mensagens civilizadas buscando contribuir com uma sociedade digna, justa e mais humana para todos.